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Uma coisa de cada vez!
Uma reflexão geralmente se inicia com um estímulo, ou seja, uma reação que é precedida por uma ação nossa ou de outrem. Um fluxo que pretendo dar continuidade aqui num exercício que, ao compartilhar espero que seja mútuo num processo dialógico. Vivemos entre comprovados estudos e debates atuais numa sociedade bombardeada por informações constantes, diversas, superficiais (em sua maioria). Digo da comprovação de estudos para fazer citação à sociedade da informação e aos debates atuais para considerar a iniciativa da construção da Conferência Nacional de Comunicação entre vários outros fóruns que tem sido estabelecidos (Fórum da Comunicação e Sustentabilidade, Fórum da Radiodifusão, etc.). O fluxo tido como o ideal da informação era que a sociedade produzisse os fatos, os meios de comunicação então relatassem servindo como: articuladores, interlocutores até, de um processo que possibilitasse a leitura pelo Estado que deveria produzir respostas por meio de ações pragmáticas, efetivas, para então esses meios de comunicação devolverem à sociedade. Mas todo ideal é utópico. O consumo desenfreado estimulado pelo capitalismo e o neoliberalismo despolitizou a sociedade que, passou a consumir a informação que é volátil, superficial e que se substitui muito rápido na medida em que deixa de ser processada e absorvida de forma crítica. Informação demais, um bombardeio, sem tempo de processar, trazendo um descarte automático. A informação proveniente dos diversos meios de comunicação e variados tipos de mídias atinge a todos de forma ininterrupta e principalmente após o advento ‘internet’, de forma global, instantânea e cada vez mais veloz. A quantidade não é símbolo de qualidade, pois toda liberdade que se produz e se tem no acesso a informação precisa ter algumas condições prévias:oportunidade de acesso às novas tecnologias pelas pessoas, formação pedagógica e cidadã que estimule o processo crítico e capacite a seleção das informações, entre outros importantes debates e ações. O objetivo é que ao refletirmos possamos compreender que a chamada sociedade da informação cria relações sociais “extemporâneas”, dissolvendo os tempos, fatos, ao bombardear-nos com tantas informações que deixamos de processar pela necessidade de acompanhar tudo, gerando a necessidade de descartar, substituindo umas por outras novas, causando amnésia social que gera uma sociedade apática e acrítica. Existem prioridades, onde selecionar, focar é preciso. Participar, se envolver faz parte e é um direito, porém agir e obter resultados necessita de profundidade, dedicação e esmero. Então, uma coisa de cada vez!
*Tatiana Rodrigues
Secretária Estadual de Juventude - Partido Socialista Brasileiro - SP